quinta-feira, 30 de maio de 2019

Revoltas da República Velha (1894-1930)



   Guerra de Canudos (BA 1896 – 1897)

       Enquadra-se nos denominados movimentos messiânicos. O termo é  usado para dar nome aos movimentos sociais nos quais milhares de sertanejos fundaram comunidades comandadas por um líder religioso.
       Surgiu em áreas rurais pobres atingidas pela miséria.
       Os principais componentes eram a religiosidade popular do sertanejo e seu sentimento de revolta.
       Antônio Vicente  Mendes Maciel (Antônio Conselheiro) foi o líder.


    Causas da Guerra de Canudos:

       Concentração fundiária, ou seja, terra nas mãos de poucos.
       Miséria e fome da população sertaneja.
       superexploração do trabalhador rural.
       Seca e aumento de imposto.
       Camponeses seguem Antônio Conselheiro, formando o Arraial de Canudos (ou Arraial do Belo Monte), no interior da BA.
       Comunidade forma um Estado paralelo à República, abandonando as fazendas, deixando de pagar o dízimo e os impostos republicanos, os sertanejos deslocam-se para Canudos.
       Governo republicano + Coronéis + Igreja unem-se contra Canudos.
       Os principais jornais da capital difamam Canudos, associando àquela cidade  ao retorno da monarquia.
       Após 4 expedições militares, Canudos é massacrada.
       A obra literária que retrata o conflito: “Os Sertões” – de Euclides da Cunha.
       Guerra de Canudos (BA 1896 – 1897)

 Vídeo resumo sobre Canudos

 Guerra do Contestado (SC/PR 1912 – 1916)

       Líder: Monge José Maria, após sua morte, o monge João Maria (Miguel Lucena Boaventura) foi o líder.
       Causas: exploração de camponeses, concessão de terras e benefícios para empresas inglesas e americanas que provocaram a expulsão e marginalização de pequenos camponeses para construir a  ferrovia São Paulo-Porto Alegre.
       Origem do nome: região contestada entre os estados de Santa Catarina e Paraná.
       José Maria reuniu mais de 20 mil sertanejos e fundou com eles alguns povoados que compunham a chamada “Monarquia Celeste”.
       A “monarquia” do Contestado tinha um governo próprio e normas igualitárias, não obedecendo às ordens emanadas das autoridades da república.
       Os sertanejos do Contestado foram violentamente perseguidos pelos coronéis-fazendeiros e pelos donos das empresas estrangeiras, com o apoio das tropas do governo.
       Assim como Canudos, os participantes foram violentamente massacrados.



 Cangaço (1870-1940)

       Ocorreu, por cerca de setenta anos, no sertão do  Nordeste do Brasil.
       Para alguns pesquisadores, ele foi uma forma pura e simples de banditismo e criminalidade. Para outros, foi uma forma de banditismo social.
       Caracterizava-se por ações violentas de grupos ou indivíduos isolados: assaltavam fazendas, sequestravam coronéis (grandes fazendeiros) e saqueavam comboios e armazéns.
       Os cangaceiros não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo.


 Causas do Cangaço (1870-1940)

        Miséria e fome da população do Semiárido nordestino.
        Má distribuição de terras.
       Descaso do Estado e dos coronéis para com os mais pobres.
        Violência dos coronéis sobre os pobres.
       Mito do “Robin Hood”.
       O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião", denominado o "Senhor do Sertão" e também "O Rei do Cangaço”.
       Por parte das autoridades e de suas vítimas, Lampião simbolizava a brutalidade, o mal, uma doença que precisava ser cortada.
       Para uma parte da população do sertão ele encarnou valores como a bravura, o heroísmo e o senso da honra.
       Em 28/06/1938, na localidade de  Angicos, Sergipe, Lampião foi morto junto com sua mulher, Maria Bonita e outros cangaceiros de seu bando pela polícia volante.

 Fim do Cangaço

       O bando de Lampião teve suas cabeças decepadas e expostas em locais públicos, pois o governo queria assustar e desestimular esta prática na região.
       Os cangaceiros foram perseguidos pela polícia volante e exterminados um a um. Eram os únicos que despertavam medo nos coronéis, justamente por não terem perspectiva de melhorar sua condição e, portanto, não precisar temer o desrespeito das leis vigentes
       Cangaceiros: bandidos ou heróis?

 Vídeo resumo do Cangaço

 Guerra ou Revolta da Vacina(RJ – 1904)

       No Rio de Janeiro, já não havia muitos ratos e mosquitos transmissores de doenças, como febre amarela, peste bubônica e varíola.
       Modernização do Rio de Janeiro.
       Destruição de cortiços e favelas, ampliação das avenidas, construção de novos prédios inspirando-se em Paris.
       Expulsão de comunidades pobres das regiões centrais, para morros e o subúrbio, alta do custo de vida.
       O diretor de Saúde Pública, Oswaldo Cruz, convenceu o presidente a decretar a lei da vacinação obrigatória contra a varíola.
       A população não foi esclarecida sobre a necessidade da vacina. A sociedade reagiu à vacina obrigatória.
       O governo decretou estado de sítio, reprimiu e perseguiu violentamente os revoltosos. O regulamento da vacina foi alterado, tornando facultativa sua aplicação.
        O regulamento da vacina foi alterado, tornando facultativa sua aplicação.


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