¢A
REVOLTA DA CHIBATA – RJ, 1910
üOs
membros da Marinha eram na maioria ex
- escravos, recém-libertos
üQualquer
indisciplina era punida com CHIBATADAS
üOs
soldados recebiam baixos soldos
üNa
madrugada de 22 de novembro de 1910 os marinheiros do encouraçado “Minas Gerais” se
rebelaram
¢JOÃO
CÂNDIDO - LÍDER
¢O
estopim se deu após assistirem o castigo do marujo Marcelino Rodrigues Menezes,
açoitado até desmaiar com 250 chibatadas (o normal eram 25) por agredir um
oficial.
¢O
levante foi liderado pelo experiente João
Cândido Felisberto, marujo negro e analfabeto. O motim
terminou com a morte do comandante do navio e mais dois oficiais, os quais não
aceitaram abandonar a nave de guerra.
¢Nesta
mesma noite, juntou-se ao motim o Encouraçado
"São Paulo". Nos dias seguintes, outras embarcações
aderiram ao movimento, como o "Deodoro" e o "Bahia", naves
de guerra de grande porte.
¢Por
sua vez, no Rio de Janeiro, o presidente Hermes da Fonseca tinha
acabado de tomar posse e enfrentava sua primeira crise. Os navios rebeldes
bombardearam a cidade do Rio de Janeiro para demonstrarem que não estavam
dissimulando.
ENCOURAÇADO
SÃO PAULO
Em carta ao governo, os revoltosos
solicitavam:
¢o
fim dos castigos físicos;
¢melhores
condições de alimentação e trabalho;
¢anistia
para todos envolvidos na revolta.
¢Assim,
no dia 26 de novembro, o presidente Marechal Hermes da Fonseca acatou as
reivindicações dos amotinados, encerrando aquele episódio da revolta.
Fim
da Revolta:
¢Os
marinheiros foram presos na Ilha das Cobras sede
do Batalhão Naval. Sentindo-se traídos, os marinheiros se amotinaram, em 9 de
dezembro de 1910.
¢A
resposta do governo foi dura e a prisão foi bombardeada e destruída pelo
exército, matando centenas de fuzileiros navais e prisioneiros.
¢Os
amotinados, totalizando 37 pessoas, foram recolhidos a duas prisões solitárias,
onde morreram sufocados. Somente João Cândido e outro
companheiro de luta sobreviveram.
¢Como
saldo, o conflito deixou mais de duzentos
mortos e feridos entre os amotinados, dos
quais cerca de dois mil foram expulsos após a revolta. Na porção legalista,
morreram cerca de doze pessoas, entre oficiais e marinheiros.
¢Quanto
ao líder, João Cândido,
após sobreviver á prisão e ter sido inocentado, ele foi considerado
desequilibrado e internado num hospício.
Por sua audácia, a imprensa da época o chamou de Almirante
Negro.
¢Ele
seria absolvido das acusações de conspiração em 1º de dezembro de 1912, mas foi
expulso da Marinha.
¢Sobreviveu
como pescador e vendedor até
que o jornalista Edmar Morel
resgatou sua história do esquecimento e lançou o livro "A Revolta da Chibata",
em 1959.
¢Somente
em 23 de julho de 2008, o governo brasileiro entendeu que as causas da revolta
eram legítimas e concedeu anistia aos marinheiros envolvidos.
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