segunda-feira, 3 de junho de 2013

 

ROMA ANTIGA:   MONARQUIA E REPÚBLICA

 

A história da cidade de Roma nos anos que seguiram a sua fundação pode ser dividida em três momentos: a monarquia (753-509 a.C.), a república (509-27 a.C.) e finalmente o período do império (27 a.C.-476).

Desde sua fundação até o ano 509 a.C., Roma passou de uma organização gentílica, que estavam estruturados em torno dos gens, para uma organização monárquica. Conhecemos 7 reis que teriam governado Roma, sendo os quatro primeiros, em regime de alternância, latinos e sabinos; os três últimos eram etruscos.

 

 

ESTRUTURA SOCIAL NA ROMA MONÁRQUICA

 

 

Patrícios: os grandes proprietários de terras

Plebeus: população em geral, desde camponeses e pequenos agricultores até artesãos e comerciantes.

Clientes: população normalmente sem terras e que buscavam a proteção das famílias patrícias

Escravos: nesse período inicial da história de Roma, os escravos eram geralmente plebeus que haviam contraído dívidas e não conseguiram pagá-las.

 

 

RES PUBLICA (coisa do povo): A REPÚBLICA ROMANA

 

 

Depois de Tarquínio, o Soberbo, ter sido assassinado por patrícios que não concordavam com suas propostas de reformas, Roma passou a viver uma nova forma de organização política, a República.

Nesse período as disputas entre patrícios e plebeus permaneceram, já que esses últimos vinham tentando obter uma participação política e maiores direitos há muito tempo. Foi nesse período que Roma passou a ampliar seus limites territoriais com grandes e numerosas conquistas.

Na República, o poder estava concentrado principalmente nas mãos dos Cônsules, do Senado e das Assembleias.

Os cônsules, em número de dois, tinham como obrigação comandar o exército, presidir o Senado e administrar a cidade. É importante lembrar que os cônsules eram eleitos pela Assembléia Centurial.

O Senado era formado, pelo menos nos três primeiros séculos do período republicano, por mebros de famílias patrícias. O cargo de senador era vitalício e nada era aprovado sem o consentimento do Senado.

A Assembleia Centurial era formada pelas centúrias, que eram unidades militares em que os homens deveriam arcar com os custos dos armamentos. Já que as centúrias mais bem armadas eram as dos patrícios e, por esse motivo eles precisavam de menos homens em suas unidades, a Assembléia tinha um maior número de centúrias patrícias. Os plebeus, que não tinham grandes posses, não podiam armar tão bem suas unidades militares, por isso precisavam de mais homens fazendo com que tivesse menos centúrias plebeias na Assembleia. Essa diferença foi fundamental para manter os interesses da classe patrícia, pois cada centúria tinha direito a um único voto. Consequentemente prevaleciam os interesses dos patrícios.

 

A Assembléia Centurial oferecia vários cargos, entre eles podemos citar:

 

Pretores: encarregados da justiça

Censores: contavam a população e cuidavam da manutenção da ordem e dos costumes

Questores: cobravam impostos

Edis: cuidavam da manutenção da cidade

 

Essa estrutura política não atendia aos interesses dos plebeus, que viviam pressionando o Senado por uma maior participação política e mais direitos.

 

CONQUISTAS DOS PLEBEUS

 

Revolta de Monte Sagrado: Em 494 a.C. os plebeus aproveitaram de uma ameaça de invasão estrangeira à cidade de Roma. Esvaziando as tropas militares da cidade, os plebeus se refugiaram no Monte Sagrado exigindo a criação de um cargo político exclusivamente controlado por plebeus. Em resposta, o Senado Romano constituiu a magistratura dos Tribunos da Plebe, que poderiam vetar qualquer lei que ferisse o interesse dos plebeus.

Apesar dessa primeira conquista, a tradição oral nas leis romanas, controladas pelos patrícios, prejudicavam  os plebeus. Fazendo pressão contra os patrícios, os plebeus conseguiram a formulação de uma lei escrita dentro de Roma. Essas leis, criadas em 450 a.C., ficaram conhecidas como as Leis das Doze Tábuas. Cinco anos depois, outra revolta exigiu a permissão do casamento entre plebeus e patrícios. Através da Lei da Canuléia, que liberou os casamentos, os plebeus puderam ascender socialmente e ampliar sua participação política.

 Por volta de 367 a.C., uma nova lei foi estabelecida mediante revoltas plebeias. A extensão das grandes propriedades patrícias gerava uma desleal concorrência com os plebeus que eram pequenos proprietários de terra. Não resistindo à concorrência econômica dos patrícios, muitos plebeus endividavam-se e eram transformados em escravos. Nesse contexto, a Lei Licínia Séxtia promoveu o fim da escravidão por dívida e ainda garantiu a participação dos plebeus nas demais magistraturas e cargos públicos romanos.

 

A EXPANSÃO ROMANA: Iniciado durante a República, o expansionismo romano teve basicamente dois objetivos: defender Roma do ataque  dos povos vizinhos rivais e assegurar terras necessárias à agricultura e  ao pastoreio. As vitórias nas lutas conduziram os romanos a uma ação conquistadora, ou seja, a ação do exército levou à conquista e incorporação de novas regiões a Roma. Dessa forma, após sucessivas guerras, em um espaço de tempo de cinco séculos, a ação expansionista permitiu que o Império Romano ocupasse boa parte dos continentes europeu, asiático e africano.

O avanço das forças militares romanas colocou o Império em choque com Cartago e Macedônia, potências que nessa época dominavam o Mediterrâneo. As rivalidades entre os cartagineses e os romanos resultaram nas Guerras Púnicas (de puni, nome pelo qual os cartagineses eram conhecidos).

As Guerras Púnicas desenvolveram-se em três etapas, durante o período de 264 a 146 a.C. Ao terminar a terceira e ultima fase das Guerras Púnicas, em 146 a.C., Cartago estava destruída. Seus sobreviventes foram vendidos como escravos e o território cartaginês foi transformado em província romana. Com a dominação completa da grande rival, Roma iniciou a expansão pelo Mediterrâneo oriental (leste). Assim, nos dois séculos seguintes, foram conquistados os reinos helenísticos da Macedônia, da Síria e do Egito. No final do século I a.C., o mediterrâneo havia se transformado em um “lago romano” ou, como eles diziam, Mare Nostrum(“nosso mar”).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário